sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

RODERICK NEHONE lança brevemente "Uma bóia na tormenta"



"UMA BÓIA NA TORMENTA" é o título do próximo livro de contos do escritor angolano Roderick Nehone. Este será o seu sexto livro, depois de em 2003 ter lançado o romance "Tempos sem Véu". Recorde-se que este escritor, residente em Luanda, Angola, e nascido a 26 de Março de 1965, foi duas vezes laureado com o Prémio Sonangol de Literatura, um dos mais prestigiados prémios literários de Angola, pelas suas obras "Estórias dispersas da vida de um Reino" (Contos), em 1996 e "O Ano do Cão" (Romance), em 1998. Ainda em 1996, na sua estreia como escritor, Roderick Nehone venceu o Prémio António Jacinto de Literatura com a obra poética intitulada "Génese". Em 2001 publicou um outro poemário, "Peugadas de Musa".

Com "Uma bóia na tormenta" Roderick Nehone volta à temática já abordada no seu primeiro e até então único livro de contos, "Estórias dispersas...", e traz-nos relatos hilariantes sobre a Luanda de hoje, no seu caleidoscópio infindável de conflitos, típicos de um país que acaba de sair de uma guerra que durou quase meio século, atrasou o seu desenvolvimento e provocou uma profunda desestruturação social e humana. "Uma bóia na tormenta" é também um palco incontornável de muitas batalhas, um local onde o bem enfrenta o mal, o novo o velho, o progresso o retrocesso, a esperança o desespero e a confiança a descrença. Nos contos como "Catrapus", "Aqui é só vusar", "O angolano também pode", "Nós temos que estar lá", "O enterro de Burrocrata" e "Luanda a duas velocidades", por citar apenas alguns dos doze contos que compõem a obra, deparamo-nos com um verdadeiro mergulhar da literatura na profundeza dos problemas sociológicos da Angola de hoje, deixando-nos laivos inequívocos dos desafios que preenchem a vida das personagens, num país que com imenso vigor renasce das cinzas da guerra. É uma obra que vale a pena ler. Aqui voltaremos para anunciar-lhe a data do seu lançamento.

O nosso "jet met" quer ser como o "jet set" de lá: é bom saber!







“Há pessoas que só têm fachada. A entrada cheira
a palácio, e lá dentro a cabana.”
BALTASAR GRÁCIAN






E o país não se faz de supetão. O país vai se fazendo. Taco a taco. Pouco a pouco. O país faz-se fazendo-o, com pessoas agindo nas mais diversas áreas em que os homens encontram a satisfação das suas insaciáveis necessidades.
O país faz-se com todos, uns fazendo vapor e outros contravapor. O país faz-se com homens e mulheres, uns lentos, outros rápidos e aqueloutros ainda, super-rápidos.
Estes, os super-rápidos são os do jet set.
Quando surgiu em 1957, a expressão jet set servia para designar o grupo de pessoas ricas que se deslocavam de férias para importantes lugares turísticos do mundo, fazendo-se transportar em avião a jacto. Jet set é uma locução inglesa formada por jet, diminutivo de jet plane (avião a jacto) e set (grupo), isto é, “a turma do jacto”, “o grupo social dos aviões a jacto”.
Jet set era assim o grupo de pessoas que tinha poder aquisitivo para se deslocar nesse tipo de aviões super-rápidos. Aqui, quando vemos passar as cisternas da Sonangol que abastecem o aeroporto 4 de Fevereiro, com a inscrição jet fuel nos tanques, associámo-las por simpatia ao jet set. Combustível, fogo, poder, volatilidade, velocidade, o céu, as nuvens, o fumo, a imagem que se esfuma, quando o camião desaparece.
No fundo, riqueza, nobreza, moda, estilo, dinheiro, visibilidade social, aparência, são palavras que designam estatutos e atitudes agarradas como chiclets ao que ainda hoje se entende por jet set.
Os do jet set na América, na Europa, lá, em poucas palavras, constituem um círculo com acesso possível mas não fácil. Restrito. Um club com fronteiras confusamente delimitadas. Mas, uma elite! Uma roda de gajos que se sentem distintos dos demais pelas suas surpreendentes aparências comuns. Diferentes pelas suas inimagináveis afinidades, que os situam voando no mais alto patamar social.
Tal é a sua rapidez e a frágil velocidade da sua ascensão social, que é fácil distinguí-los no horizonte, inflamados balões cintilantes, sempre algo distantes da turba e da poeira sociais, diante dos holofotes, nos ecrãs dos televisores, nas capas das revistas cor-de-rosa, determinando o modo e a moda do momento no seu sítio.
O jet set é lá, então, a gente de quem se fala e de quem quase tudo se sabe, de bom e de não bom, verdades e mentiras. Como este sítio chamado mundo foi globalizado, o jet set de quem manda nesta aldeia global é o que está na montra. É o exemplo do templo, ao qual se rendem todos os súbditos que querem entrar no set, meter-se no club global, por via da sua afirmação local. É a pura “glocalização” do jet set.
É aqui onde a luva encaixa nos super-rápidos de cá. Só que os nossos mwangolês a caminho de serem set, ainda estão na fase do met. É assim que nasce e lentamente se compõe o nosso jet met.
E, então, met porquê?
Met, em inglês, é o passado de meet, que significa encontrar, defrontar, satisfazer, cumprir, conhecer alguém, reunir-se, juntar-se, etc. Tanto o met british como o met, de “mete” em português, sem o “e”, e com cara de inglês, do próprio verbo “meter”, preenchem as acepções características deste grupo aqui na banda. Para se ser do jet de cá é preciso primeiro se meter. Se encontrar, juntar-se, fazer esse tal grupo de iguais diferentes que vivem acima dos demais.
Para tal, urge entrar, introduzir-se, furar, penetrar, aparecer, ganhar visibilidade, expor-se, dar-se a conhecer, meter cunha, chamar a atenção, ser o centro de, brilhar, ser bom em algo que seja notado, ser bom também em meter-se e imitar bem para não destoar. É necessário praticar com traquejo um certo mimetismo para que na água do grupo o neófito se sinta um peixe.
No nosso jet met podemos encontrar gente com posse e algum mérito, que lhes reservaria um lugar próprio no jet set de lá, rodeada de outros que se sentam no met graças à sua camaleónica capacidade de transmutação, à sua invejável habilidade de adaptação ao meio. Estes últimos ases continuam a ser os premiados pela teoria evolucionista de Darwin.
O mwangolê do jet met anda na brasa em busca da sua afirmação social. Tem o pé no acelerador da sua projecção social. O olho em cada furo em que cairá o flash. A mão em busca da primeira oportunidade. O rosto eternamente rendido a abertura do diafragma da câmara. Os pés correndo atrás das passarelas. O coração na batida do dijei. E o corpo à mercê das ambições, sempre gigantes, da sua mente.
Podemos vê-los nas primeiras filas do Moda Luanda, nos badalados jantares da Fortaleza de São Miguel, nos aniversários das mais importantes casas nocturnas, nos shows de famosos artistas americanos, brasileiros, africanos e também angolanos, nas festas de carnaval organizadas por supostos metters, nalguns casamentos no Tropical, enfim, lá onde haja barulho, luz, som, imagem, fotografia e montra.
Contudo, os novatos do nosso jet met ainda ficam espantados, balbuciam mesmo ou soletram numa lenta aprendizagem, quando ouvem pelos corredores do jet set mundano palavras tais como: allure, beutiful people, BCBG, blasée, café society, dandy, demodé, fashion victim, glamour, gliteratti, habitué, hidden agenda, high-life, window shopping, lifestyle, look, name-dropper, nescafé society, novo-rico, opinion-maker, overdressed, paparazzi, patine, piroso, politesse, possidónio, RSFF, saison, snob, socialite, social climber, smoking, SSS, status symbol, trendy, vedeta, in e out, etc.
Estes, e outros mais, são vocábulos imprescindíveis para se ganhar estatuto de cidadania no paraíso do jet set. Conscientes disso, é fácil ver os mais empenhados abrindo amplamente os ouvidos, a mente e a curiosidade para captarem o perfeito sentido de cada um destes estrangeirismos, ao mesmo tempo em que topamos com alguns desajeitados precipitando-se a usá-los de ouvido e com sentido vergonhosamente equivocado.
Trata-se na verdade de um esforço titânico este, o de se vencer na vida através das aparências. O de se vencer encantando as almas que nos vêem. Caçando as brechas para se estar bem rodeado de glamour fátuo, registado num afã efémero de se parar por algum tempo o tempo, para desabrochar como pipoca no milho em que se encerra a imensa vaidade da nossa diminuta glória
E o jet met mete mesmo. Mete elegância e escândalo, mete medida enquanto desmesura, mete exagero atrapalhando o bom gosto, mete lucidez ofuscada pela ilusão, mete perfume confundido no suor, mete miséria escondida em lentejoulas, mete chapéus engalanando tolas ocas e o orgulho esfolado por verdes notas.
Eis a razão pela qual alguém bem sonhou em trazer para cá uma biblioteca do jet set de lá, já que o nosso met é inevitável e algum dia será mesmo set. Uma bibliotecazinha onde os nossos metters pudessem encontrar, para seu próprio cultivo e maior agrado dos que lá não estão, alguns livros de autores bem conceituados sobre a arte de se pertencer ao jet set mundial. Talvez assim a nossa montra tivesse mais belos exemplos de bem se expor, e a luz que os nossos astros irradiassem seria menos nociva aos olhos dos que lhes prestassem atenção.
A maior parte dos nossos jet metters ainda não sabe o que é o Bobo (Bourgeois bohemian), esta nova tendência pós-yuppies que abandonou o frenesin e workaholicismo e se apegou a novos códigos de conduta norteados pelo civismo, a moralidade, a ética, as boas maneiras e a ausência de snobismo. Com os Bobos o obscurantismo, o showoffismo e a futilidade foram varridos por uma verdadeira postura social das classes da alta sociedade, mais ajustada a ética, ao financeiramente correcto, ao respeito pelos demais que menos têm, ao altruísmo e ao anti-exibicionismo.
No fim da euforia o preço metido na longa factura dos metters acaba não sendo tão baixo quanto o estado em que se encontram os supostos beneficiários de tal estatuto social.
Mas lá está! Na vida se diz que cada um tem o seu preço. Não nos parece cómodo exigirmos de alguém um preço superior ao que ele mesmo se dá. Até poderíamos ser mal entendidos e maltratados, apesar da nossa evidente boa fé.
Vivamos então segundo o preço que nos damos. Haverá sempre quem queira dar mais por nós. Haverá certamente alguém a quem negar, por menos nos oferecer. E haverá, dúvidas que se esfumem desde já, uma porta no set pela qual todos os nossos jet metters tenham a oportunidade de entrar algum dia para ocuparem o seu muito sofridamente sonhado lugar no jet.
E assim se fará o nosso jet set. Ainda bem que é possível sonhar!







Roderick Nehone

23/02/2007

Em busca do nosso "pulo do gato"

Há uma fábula que dizem ser de Minas Gerais, no Brasil, que reza o seguinte:

“ A onça vivia admirada com a agilidade do gato. Curiosa, resolveu pedir-lhe umas aulas. O gato aceitou e começou a ensiná-la. Achando que já havia aprendido tudo, a onça resolveu num belo dia fazer do gato a sua refeição, mas este pequeno felino, com muita habilidade conseguiu escapar-se das suas garras. Dias depois, ao encontrá-lo, a onça perguntou:
- Pois é, o compadre não me ensinou aquele pulo!- ao que o gato, muito esperto respondeu:
- É ele que me mantém vivo, comadre!”

Comentário: Nas relações entre as pessoas, num mundo onde a lei da selva quando não nos faz abertamente frente está, contudo, sempre latente, é muito comum depararmo-nos com o chamado “pulo do gato”. Na verdade, na vida quase sempre o mestre nunca ensina tudo ao aprendiz, porque receia algum dia perder o seu lugar. O “pulo do gato” é assim aquele conhecimento especial, aquele específico know how que, tal como a fórmula da coca-cola, mais ninguém domina ou dominámo-lo com uma habilidade especial e que, por conseguinte, deve constituir o nosso trunfo (dos indivíduos e dos países) para concorrermos com sucesso num mercado cada vez mais competitivo.

É muito comum ouvir-se dizer que o angolano é bwê vivo. Não sei se se trata de uma espécie de autismo nato, que talvez faça com que nos ouçamos a nós mesmos dizer sobre nós que somos bwê vivos. Se isso não for verdade e se for verdade que são os outros, os não angolanos, que dizem que nós somos mesmo bwê vivos, então um quêzinho de verdade sobre a tal nossa vivacidade deve existir.
Agora! Somos vivos em quê? Somos vivos porquê? A nossa vivacidade é mesmo o quê?
Estou a espalhar esta rajada de perguntas para ver se não fica nada sem se esclarecer sobre esta coisa da nossa vivacidade. Porque vivacidade não pode ser habilidade para baldar os outros. Vivacidade não pode ser habilidade para desmarcar, ou se desmarcar facilmente do que quer que seja. Vivacidade tem de ser uma certa flexibilidade na forma de ser e de estar que habilita a pessoa a vencer, a triunfar, a convencer, a persuadir os demais, a conquistar a simpatia dos outros, ou a fazer com que estes, encantados connosco, se deixem liderar por nós em determinado contexto em que estajamos inseridos.
A nossa vivacidade não deve significar capacidade de fazer rir os outros. Capacidade de furar. Capacidade de desenrascar. Pode implicar tudo isso,mas não deve resumir-se a apenas isso.
Vivacidade é pragmatismo que nos permita adequarmo-nos sem dificuldade à variação dos contextos, dos momentos e dar a volta por cima nas circunstâncias aparentemente complexas e difíceis de se contornar com sucesso. Vivacidade é desenvolver habilidade para sobreviver primeiro, viver depois e vencer, no culminar desta jornada finita que é a vida. É este o sentido prático e útil que damos a essa tal qualidade de se ser vivo, de se ter vivacidade.
E parece que a história nossa, tanto a recente como a mais remota está repleta de casos de extrema dificuldade para as pessoas, para os nossos povos diversos que hoje se comungam no espírito de um só, na nação que se constrói.
Durante cerca de cinco séculos de colonialismo e brutal escravatura sobrevivemos ao risco da extinção. Ao longo de vinte e sete anos a contar dos dias que antecederam a independência do nosso país, sobrevivemos às guerras que incendiaram as nossas cidades e campos. Sobrevivemos à bantustanização austral pretendida pelo regime do apartheid. À ameaça de desintegração política e administrativa do país. Ao flagelo generalizado da fome. Ao ataque implacável das doenças tropicais endémicas.
Entretanto, até nos momentos mais trágicos, de maior desespero, conseguimos manter aberta uma janela para o nosso sorriso; estendida a mão solidária para com os zimbabweanos, namibianos, sul-africanos, timorences, saharauís, palestinianos, e tantos outros, ao longo de todos estes anos; a esperança continuou congelada no olhar brilhante das nossas crianças, atenuando o desespero estampado nos rostos dos seus pais.
E a noite longa manhã se fez, na paz que com muito desprendimento dos nossos próprios egoísmos procuramos consolidar.
Foi assim que se temperou o nosso aço. Foi assim que conseguimos contornar a implosão social que, como tiro de misericórdia num corpo esvaído pelo cansaço da guerra, os nossos algozes de fora e de dentro se aprestavam a fazer despoletar, depois de não terem podido desmantelar a estrutura que, apesar de todos os tipos de investidas experimentados, mantinha de pé o país. Deste caldo de vicissitudes algum paladar singular teria que resultar. E aí estamos nós!
Falta-nos agora desenvolver e aprimorar uma, duas, três ou mais habilidades especiais de bem fazer algo, para que nos tornemos mais úteis aos outros povos que connosco transaccionam. A valia de cada povo, como de cada pessoa, está exactamente na justa proporção em que detenha saber, habilidades, virtudes, de que necessitem os demais para viverem e progredirem.
Angola tem uma natureza pródiga. É preciso que a conheçamos cada vez melhor, como ninguém, para que possamos transformá-la em benefício nosso e do mundo.
O nosso “pulo do gato” não deve parar na destreza como manipulamos o gatilho das armas, ou como dominamos as técnicas de guerra em contextos tropicais. Não deve parar nas fórmulas do kimbombo, do macau e do kaporroto. Não deve parar na receita artesanal do pau-de-cabinda. Não deve parar na fórmula caseira do gelado de múcua. Não deve parar na habilidade irresponsável do candongueiro para saracotear pelo tráfego congestionado de Luanda. Não! Nós temos génio para muito mais.
É preciso encaminhar este génio pelas avenidas do conhecimento. É preciso ensiná-lo a manusear os instrumentos de pesquisa da realidade e da natureza que nos rodeia, que certamente muitas descobertas surgirão, muitas formas novas de melhor se fazer sairão das mãos dos nossos pesquisadores.
É preciso espalhar pelo país a escola, o instituto, a universidade, o microscópio, a pipeta, o computador, o osciloscópio, o laboratório, o centro de pesquisa, o centro de estágio, o centro de testes, o observatório, o conservatório, o lugar onde se sistematize o saber, o conhecimento da física, da química, da matemática, da biologia, da botânica, da biotecnologia, da geologia, da electrotecnia, da cibernética, da sociologia, da história da vida e da natureza em toda a sua grandeza, para que possamos transformá-las com conhecimento de causa e efeito.
Temos que investir tecnicamente naquilo em que julgamos ter potencialidade, devido à natureza que nos rodeia ou à nossa própria natureza humana, de angolanos. Investir, por exemplo, na nossa proverbial hospitalidade e paciência, na hotelaria e no turismo, na gestão dos nossos abundantes recursos hídricos, na habilidade nortenha para o comércio, na mestria oriental no artesanato, na agricultura do planalto, na pecuária sulana, na indústria da madeira e do mobiliário, no saber aeronáutico dos nossos pilotos civis e militares, na joalharia que pode sair dos nossos diamantes e pedras semi-preciosas, na lapidação do mármore e do granito, a indústria pesqueira e seus derivados, na exploração do petróleo e na petroquímica, na preparação de tropas e polícias, enfim, na electrónica e informática precoces dos nossos miúdos que bem dominam os video-games.
Se já somos algo bons nisso, ou se sabemos que Deus encheu-nos o país de todos esses recursos naturais, invistamos na aquisição e no desenvolvimento de “saber fazer” para melhor valorizá-los, criando coisas que satisfaçam mais plenamente as sempre crescentes necessidades humanas. E sabemos que estas não têm fronteiras! É aí onde reside o fazer a diferença. É ai onde o gato pula para o lado onde a onça nunca esperou e escapa ileso, são e salvo.
Só por via dessa aprendizagem, desse saber fazer bem e diferente, os nossos pulos serão mesmo de gato e nunca de rato feito chico-esperto.



Roderick Nehone

06/03/2007

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A literatura não se circunscreve aos chamados clássicos

A literatura de um país não se resume àqueles que são identificados comos so clássicos, mais ainda quando o estudo da mesma esteve durante muitos anos, por razões que se prendem com os efeitos e constrangimentos da guerra, limitado a algumas incursões de críticos literários estrangeiros. Sabemos que processos como estes nunca estão livres de apreciações subjectivas, resultantes sempre de orientações ou influências de pessoas que, pelas mesmas razões antes indicadas, circunstanciamente se encontram/vam e posições privilegiadas para servirem de cicerones dos "curiosos" estrangeiros, na maior parte dos casos sem preocupações com a isenção e a obdiência apenas ao rigor e à objectividade.
Torna-se pois necessário ampliar o leque do conhecimento da literatura angolana para lá dos seus lugares comuns formal ou informalmente institucionalizados, para que se tenha uma percepção mais objectiva da real capacidade de criação do seu povo e da pluralidade de perspectivas e abordagens que a mesma encerra.
Um abraço. Apoio a vossa iniciativa.
Roderick Nehone

Mais um canal para a Literatura Angolana

Caro Amigo,

Chegamos! Nunca é tarde para se chegar a quem por nós espera, porque connosco quer partilhar saber, conhecimentos, vida e suas perspectiva. Você tem desde hoje este cantinho de saber sobre a Literatura Angolana, o homem e suas inquietudes. Gradualmente vamos organizá-lo de maneira a que satisfaça as suas espectativas. Aqui estamos para ficarmos consigo.
Um abraço amigo.

Nel Belamy